segunda-feira, 17 de maio de 2010


"E que a força do medo que tenho, não me impeça de viver o que anseio.
Que a morte de tudo o que acredito não me tape os ouvidos nem a boca.
Porque metade de mim é o que eu grito, mas a outra metade é silêncio.
Que a música que eu ouço ao longe, seja linda, ainda que tristeza.
Que a pessoa que eu amo seja pra sempre amada mesmo que distante
Porque metade de mim é partida e a outra metade é saudade.

Que as palavras que eu falo não sejam ouvidas como prece, nem repetidas com fervor,
apenas respeitadas, como a única coisa que resta a um ser inundado de sentimentos.
Porque metade de mim é o que ouço, mas a outra metade é o que calo.
Que essa minha vontade de ir embora se transforme na calma e na paz que eu mereço
Que essa tensão que me corrói por dentro seja um dia recompensada.

Que o espelho reflita em meu rosto, um doce sorriso, que me lembro ter dado na infância.
Porque metade de mim é a lembrança do que fui, a outra metade eu não sei.
Que não seja preciso mais do que uma simples alegria para me fazer aquietar o espírito.

E que o teu silêncio me fale cada vez mais.
Porque metade de mim é abrigo, mas a outra metade é cansaço.
Que a arte nos aponte uma resposta, mesmo que ela não saiba.
E que ninguém a tente complicar porque é preciso simplicidade para fazê-la florescer.
Porque metade de mim é a platéia, e a outra metade é canção.
E que a minha loucura seja perdoada,
Porque metade de mim é amor, e a outra metade...
também."

Um comentário:

  1. Olá Gabriela!
    Estes veros refletem o que vivo e sou:
    "Que a pessoa que eu amo seja pra sempre amada mesmo que distante
    Porque metade de mim é partida e a outra metade é saudade"
    Lindo poste!
    Bjs de Boa noite!
    Mila

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