quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Ou não...


Ele pode estar olhando as suas fotos . Neste exato momento . Porque não ? Passou-se muito tempo . Detalhes se perderam . E daí ? Pode ser que ele faça todas as coisas que você faz . Escondida . Sem deixar rastro nem pistas . Talvez ele passe a mão na barba mal feita e sinta saudade do quanto você gostava disso. Ou percorra trajetos que eram seus, na tentativa de não deixar que você se disperse das lembranças . As boas . Por escolha ou fatalidade, pouco importa, ele pode pensar em você . Todos os dias . E ainda assim preferir o silêncio . Ele pode reler seus bilhetes, procurar o seu cheiro em outros cheiros . Ele pode ouvir as suas músicas, procurar a sua voz em outras vozes . Quem nos faz falta acerta o coração como um vento súbito que entra pela janela aberta . Não há escape . Talvez ele perceba que você faz falta . E diferença . De alguma forma, numa noite fria . Você não sabe . Ele pode ser o cara com quem passará aquele tão sonhado verão em Paris . Talvez ele volte . Ou não.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Arrisque e não tenha medo...


Quando sentir que alguém lhe faz suspirar e a lembrança dela dá aquela saudade, fique atento, pois a felicidade pode estar bem a sua frente. É arriscado pensar que a outra pessoa ficará esperando a vida inteira, pois a solidão e a ansiedade de esquecer poderão ser supridas por outro alguém. Talvez não seja com a mesma intensidade, mas como uma tábua de salvação. O amor pode ter chegado e você está deixando escapar, simplesmente por medo de arriscar. Quanto mais o tempo passar, mais difícil será resgatar esse amor, até mesmo porque cada um dará um rumo à sua vida e com isso você correrá o risco de perder o seu grande amor. Portanto, quando sentir que alguém faz a diferença em sua vida, não deixe que ela se distancie de você. Traga para junto de seu coração e procure viver com intensidade cada momento. Arrisque e não tenha medo de viver esse amor. Enlouqueça, perca a cabeça, vibre como criança, pois o amor não é e nem deve ser racional. O amor é a eterna busca do ser humano. Abra os braços para este sentimento tão nobre e garanto que não irá se arrepender. O que lhe espera são muito mais que momentos mágicos.
Declare seu amor sem medo e não perca a chance de ser feliz, pois seu coração cobrará isso à vida inteira.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Eu queria que não fosse assim, que não tivesse sido assim. Mas não consegui evitar.


Seu amor, comparado ao meu, é pouco. Muito pouco. Mas você não vê. Não vê, não enxerga, não sente. Não sente porque não me faz sentir, não enxerga porque não quer. A mulher louca que sempre fui por você, e que mesmo tão cheia de defeitos sempre foi sua. Sempre fui só sua. Sempre quis ser só sua. Sempre te quis só meu.E você, cego de orgulho bobo, surdo de estupidez, nunca notou. Nunca notou que mulheres como eu não são fáceis de se ter; são como flores difíceis de cultivar. Flores que você precisa sempre cuidar, mas que homens que gostam de praticidade não conseguem. Homens que gostam das coisas simples. Eu não sou simples, nunca fui. Mas sempre quis ser sua. Você, meu homem, é que não soube cuidar. E nessa de cuidar, vou cuidar de mim. De mim, do meu coração e dessa minha mania de amar demais, de querer demais, de esperar demais. Dessa minha mania tão boba de amar errado. Seja feliz.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Não quero lembrar . Faz mal lembrar das coisas que se foram e não voltam...

Tento me distrair, tento fugir de resgatar do meu pensamento todas as lembranças do passado. Porque se eu não fugir, a tristeza vai correndo, sem hesitar bater na minha porta e tudo vai voltar a estaca zero, de novo. O pior disso tudo é que eu não quero (e não vou) fugir dela. Quando ela chega, meu lado irracional fala mais alto, e eu vou correndo ao seu encontro, sem pensar duas vezes. Adoro voltar ao passado. Adoro o jeito de como as lembranças surgem, trazendo com ela todos os cheiros e sensaçoes do momento. E depois eu fico triste, choro e bato o pé, não nego. Fico triste em lembrar de que as melhores pessoas do mundo estão longe de mim.

sábado, 18 de dezembro de 2010

O que me faz feliz são coisas pequenas...


Não fique triste assim não vale a pena
Erros e acertos são filhos do mesmo pai
E a mãe que fez a dúvida deu vida a certeza
O tempo há de mostrar o mundo se transformar
Mais triste é quem diz que para um problema
Só existe a solução da matemática
O que me faz feliz são coisas pequenas
Um lindo arco-íris riscando o fim de tarde
E eu olho pra você e vejo toda a graça
Seus olhos brilham pretos seus lábios sem palavras
Seus gestos com timidez seus dedos bem pintados seu rosto sem segredos
Sorrindo leite em lágrimas
Guarde esse amor ele é todo seu
Lindo como a flor livre como um Deus.

[Nando Reis♥ ]

Quantos sorrisos vou precisar ver, para esquecer o seu?


E quer saber ? Eu nunca fui daquelas meninas fortes. Eu me apaixonei mesmo, eu caí mesmo, eu chorei mesmo, eu tomei sorvete a madrugada inteira mesmo, eu fiz planos mesmo, eu fui burra mesmo. E por mais idiota que possa ser, eu sei que eu aprendi muito, eu cresci muito. Mas eu continuo me apaixonando mesmo, chorando mesmo, tomando sorvete a madrugada inteira mesmo, fazendo planos mesmo e sendo burra mesmo.

Moniz Caldas

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Somos felizes e tristes...


Não entendo a tristeza como ausência de felicidade. Acho que elas coexistem. Somos felizes e tristes. Felizes porque tentamos entender a nossa missão. Tristes porque assim tem de ser. A tristeza nos empresta respeito ao outro e percepção mais aguçada da dor. Talvez tristeza seja ausência de alegria, de riso fácil, não de felicidade.

Padre Fábio de Melo

E te espero. E te curto todos os dias.

"Uma pessoa, quando tá longe, vive coisas que não te comunica, e tu, aqui, vive coisas que não a comunica. Então, vocês vão se distanciando e, quando vocês se encontrarem, vocês vão se falar assim: oi, tudo bom e tal, como é que vão as coisas? E aí ele vai te falar, por cima, de tudo que ele viveu, e, não sei, vai ser uma proximidade distante. Não adianta, no momento que as pessoas se afastam, elas estão irremediavelmente perdidas uma da outra."

"Que te dizer? Que te amo, que te esperarei um dia na rodoviária, num aeroporto, que te acredito, que consegues mexer dentro-dentro de mim? É tão pouco. Não te preocupa. O que acontece é sempre natural - se a gente tiver que se encontrar, aqui ou na China, a gente se encontra. Penso em você principalmente como minha possibilidade de paz - a única que pintou até agora, “nesta minha vida de retinas fatigadas”. E te espero. E te curto todos os dias. E te gosto. Muito."

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Tudo passa!!


Dor é assim mesmo, arde, depois passa. Que bom. Aliás, a vida é assim: arde, depois passa. Que pena, a gente acha que nao vai aguentar, mas aguenta : as dores da vida. Agora está insuportável, agora você queria abrir o zíper, sair do corpo, encarnar numa samambaia, virar um paralelepípedo ou qualquer coisa inanimada, anestesiada, silenciosa. Mas agora ja passou. Agora ja são dez segundos depois da frase passada. Sua dor já é dez segundos menor do que duas linhas atrás. Você acha que não, porque esperar uma dor passar é como olhar um transatlântico no mar estando na praia. Ele parece parado, mas aí você desvia o olhar, lê uma revista, conversa com suas amigas, toma um sorvete e quando vê o barco já está longe.
A sua dor agora, essa fogueira na sua barriga, essa sensação de que pegaram sua traquéia e seu estômago e torceram como uma toalha molhada, isso tudo - é difícil de acreditar, eu sei - vai virar só uma memória, um pequeno ponto negro diluído num imenso mar de memórias. Levanta dai, vai conversar com as suas amigas, tomar um sorvete e quando você ver, passou.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Não havia mesmo o que dizer, ou havia?


"Às vezes me lembro dele, sem rancor, sem saudade, sem tristeza. Sem nenhum sentimento especial a não ser a certeza de que, afinal, o tempo passou. Nunca mais o vi, depois que foi embora. Nunca nos escrevemos. Não havia mesmo o que dizer, ou havia? Ah, como não sei responder as minhas próprias perguntas! É possível que, no fundo, sempre restem algumas coisas para serem ditas. É possível também que o afastamento total só aconteça quando não mais restam essas coisas e a gente continua a buscar, a investigar — e principalmente a fingir. Fingir que encontra. Acho que, se tornasse a vê-lo, custaria a reconhecê-lo."

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

o amor não vive sem o perdão...

Se você prestar atenção
você vai ver que as pessoas que mais te perdoaram
são as que mais te amam,
porque o amor não vive sem o perdão.

(Pe. Fábio de Melo)

sábado, 11 de dezembro de 2010

Distância, só existe pra quem quer.

“Vai menina, fecha os olhos. Solta os cabelos. Joga a vida. Como quem não tem o que perder. Como quem não aposta. Como quem brinca somente. Vai, esquece do mundo. Molha os pés na poça. Mergulha no que te dá vontade. Que a vida não espera por você. Abraça o que te faz sorrir. Sonha que é de graça. Não espere. Promessas vão e vem. Planos, se desfazem. Regras, você as dita. Palavras, o vento leva. Distância, só existe pra quem quer. Sonhos se realizam, ou não. Os olhos se fecham um dia, pra sempre. E o que importa você sabe, menina. É o quão isso te faz sorrir. E só"

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

E eu entendi que não importa quantas opções eu tenha ou quantas janelas eu abra, por nenhuma delas vai aparecer o teu cheiro, a tua voz, o teu toque.

"Não te tocar, não pedir um abraço, não pedir ajuda, não dizer que estou ferido, que quase morri, não dizer nada, fechar os olhos, ouvir o barulho do mar, fingindo dormir ,que tudo está bem, os hematomas no plexo solar, o coração rasgado, tudo bem"

sábado, 4 de dezembro de 2010

(..)

"Meu Deus, só peço que não me abandone nesse momento complicado em minha vida. Um de vários, um dia de outros trocentos que irei sofrer por isso. Mas como isso me dói, me fere, me arrebenta e me faz sentir ainda mais vulnerável quanto se tratando de relacionamentos. Sim, fiquei ainda mais fria, realista, e dura nesse sentido."

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

"ISSO TAMBÉM PASSA"

Isso também passa Certo dia um sacerdote percebeu a seguinte frase em um pergaminho pendurada aos pés da cama de seu mestre: "ISSO TAMBÉM PASSA", e com a curiosidade inerente de cada ser humano resolveu perguntar: Mestre, o que significa essa frase em cima de sua cama dizendo "ISSO TAMBÉM PASSA”? E o mestre sem titubear lhe responde: A vida nos prega muitas peças, que podem ser boas ou não tão boas assim, mas tudo significa aprendizado. Recebi esta mensagem de um anjo protetor num desses momentos de dor onde quase perdi a fé. Ela é para que todos os dias antes de me levantar e de me deitar possa ler e refletir, para que quando tiver um problema, antes de me lamentar eu possa me lembrar que "ISSO TAMBÉM PASSA", e para quando estiver exaltado de alegria, que tenha moderação e possa encontrar o equilíbrio, pois. "ISSO TAMBÉM PASSA". Tudo na vida é passageiro assim como a própria vida, tanto as tristezas como também as alegrias, praticar a paciência e perseverar no bem e nas boas ações, ter simplicidade, fé e pensamentos positivos mesmo perante as mais difíceis situações é saber viver e fazer da nossa vida um constante aprendizado. É ter a consciência de que todas as pessoas erram, de que o ser humano ainda é um ser imperfeito em busca da perfeição e por isso ainda sofre, é saber que se muitas vezes nos decepcionamos com pessoas é porque esperamos mais do que elas estão preparadas para dar, dentro de seu contexto e grau de compreensão. Deste modo meu amigo, toda vez que olho para essa frase, meu coração se aquieta e a paz me invade, pois sei que "ISSO TAMBÉM PASSA". Val Sliepen

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Recomece Sempre...


Recomece Sempre
Observe a natureza.
Tudo nela é recomeço.
No lugar da poda
surgem os brotos novos.
Com a água, a planta viceja novamente (renasce).
Nada pára.
A própria terra se veste diferentemente todas as manhãs.
Isso acontece também conosco.
A ferida cicatriza.
A dores desaparecem.
A doença é vencida pela saúde.
A calma vem após o nervosismo.
O descanso restitui as forças.
Recomece.
Anime-se.
Se preciso, faça tudo novamente.
Assim, é a VIDA!

sábado, 27 de novembro de 2010

É sempre amor, mesmo que acabe...


Ele vai mudar,
Escolher um jeito novo de dizer “alô”
Vai ter medo de que um dia ela vá mudar
Que aprenda a esquecer sua velha paixão
Mas evita ir até o telefone

Para conversar
Pois é muito tarde pra ligar
Tem pensado nela
Estava com saudade
Mesmo sem ter esquecido que

É sempre amor, mesmo que acabe

A gente queria ficar apertado assim...


“A gente se apertou um contra o outro. A gente queria ficar apertado assim porque nos completávamos desse jeito, o corpo de um sendo a metade perdida do corpo do outro.”

Caio F.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Mexeu comigo!!!

Que você me guarde na memória, mais do que nas fotos.

Que você acredite que não me deve nada simplesmente porque os amores mais puros não entendem dívida, nem mágoa, nem arrependimento. Então, que não se arrependa. Da gente. Do que fomos. De tudo o que vivemos. Que você me guarde na memória, mais do que nas fotos. Que termine com a sensação de ter me degustado por completo, mas como quem sai da mesa antes da sobremesa: com a impressão que poderia ter se fartado um pouco mais. E que, até o último dia da sua vida, você espalhe delicadamente a nossa história, para poucos ouvintes, como se ela tivesse sido a mais bela história de amor da sua vida. E que uma parte de você acredite que ela foi, de fato, a mais bela história de amor da sua vida.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Onde a gente pode Se deitar no campo...


Além do Horizonte
Existe um lugar
Bonito e tranquilo
Pra gente se amar...
Além do horizonte deve ter
Algum lugar bonito
Pra viver em paz
Onde eu possa encontrar
A natureza
Alegria e felicidade
Com certeza...
La nesse lugar
O amanhecer é lindo
Com flores festejando
Mais um dia que vem vindo...
Onde a gente pode
Se deitar no campo
Se amar na relva
Escutando o canto
Dos pássaros...
Aproveitar a tarde
Sem pensar na vida
Andar despreocupado
Sem saber a hora
De voltar...
Bronzear o corpo
Todo sem censura
Gozar a liberdade
De uma vida
Sem frescura...
Se você não vem comigo
Nada disso tem valor
De que vale
O paraíso sem o amor...

Se você não vem comigo
Tudo isso vai ficar
No horizonte esperando
Por nós dois...

terça-feira, 23 de novembro de 2010

As coisas novas querem entrar...

A gente finge que arruma o guarda-roupa, arruma o quarto, arruma a bagunça. Tira aquele tanto de coisa que não serve, porque ocupar espaço com coisas velhas não dá. As coisas novas querem entrar, tanta coisa bonita nas lojas por aí. Mas a gente nunca tira tudo. Sempre as esconde aqui, esconde ali, finge para si mesmo que ainda serve. A gente sabe. Que tá curta, pequeno, apertado. É que a gente queria tanto. Tanto.
Acredito que arrumar a bagunça da vida é como arrumar a bagunça do quarto. Tirar tudo, rever roupas e sapatos, experimentar e ver o que ainda serve, jogar fora algumas coisas, outras separar para doação. Isso pode servir melhor para outra pessoa. Hora de deixar ir. Alguém precisa mais do que você. Se livrar. Deixar pra trás. Algumas coisas não servem mais. Você sabe. Chega. Porque guardar roupa velha dentro da gaveta é como ocupar o coração com alguém que não lhe serve. Perca de espaço, tempo, paciência e sentimento.
Tem tanta gente interessante por aí querendo entrar. Deixa. Deixa entrar: na vida, no coração, na cabeça.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Pode parecer loucura, mas tirar você do meu peito foi o meu melhor presente que já ganhei.

E eu, no fundo, te perdoava, te entendia, te
amava cada vez mais. Você me mandou
embora da sua casa, do seu carro, da sua
vida, da memória do seu computador, do
seu celular e do seu coração. Você me
deletou. E eu passei quase um ano
quietinha, te esperando, rezando pra Santo
Antônio te ajudar a ver que amor maior no
mundo não poderia existir.

sábado, 20 de novembro de 2010

Patch Adams: O Amor é Contagioso


Em 1998, baseado em fatos reais, entreava o filme "Patch Adams: O amor é contagioso". O filme traz em seu elenco o ator Robbinn Williams, já conhecido pelo papel de um professor diferente no longa "Sociedade dos Poetas Mortos".

Após tentativa de suicídio, Hunter 'Patch' Adams é internado em um hospital psiquiátrico e, mandado para o quarto de um louco que não ia ao banheiro a semanas por ter medo de esquilos (esses estavam morando no banheiro). Para ajudar seu colega de quarto, Patch cria um universo imaginário para exterminar os esquilos (que não existem) e, com o sucesso da criação o mais novo internado do hospital descobre a sua vocação, medicina. Ao longo do filme, Path tenta curar seus pacientes de uma forma diferente, através de sorrisos, entretanto encontra barreiras contra sua maneira de curar um tanto imaginária. Porém, mesmo com todos os problemas que enfrenta, Patch não desiste de se formar e ter direito a bata branca.

O filme é emocionante, caracterizado como comédia, Path Adams traz sorrisos e paixões, dom e sabedoria. Suas cenas mostram emoções perdidas, que por Patch são recuperadas, como na última cena com as crianças, ou a cena com o paciente problemático de todo o hospital. Tendo essa característica, o filme mostra que contagioso não é apenas doenças, mas sim o amor que lhe é dado, infectando as pessoas com bons modos, fazendo com que elas melhorem em suas ações, mesmo aquelas que podem estar mais do que perdidas. Esse movimento de Patch pela procura de sorrisos se propagou por todo mundo, sendo assim conseguimos notar hoje voluntários que visitam hospitais apenas com o intuito de alegrar o dia de quem vive na mesma motonia de sempre.


Faça como Patch, contagie as pessoas com seu amor, infectanto-as de boas maneiras e sonhos, para que elas sejam capazes de propagar essa doença do bem que se chama sorrir.


Esse filme é emocionante! Muito lindo!

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Faz tanto tempo desde que nós nos falamos,

Eu espero que as coisas ainda sejam as mesmas . Esperando que elas nunca mudem porque o que nós tivemos foi algo que não se pode repor . Não deixe nossas memórias irem embora, me mantenha no seu coração para sempre .

Hoje eu vou mudar...



Vasculhar minhas gavetas
Jogar fora sentimentos
E ressentimentos tolos...

Fazer limpeza no armário
Retirar traças e teias
E angústias da minha mente
Parar de sofrer
Por coisas tão pequeninas
Deixar de ser menina
Prá ser mulher...

Hoje eu vou mudar
Por na balança a coragem
Me entregar no que acredito
Prá ser o que sou sem medo
Dançar e cantar por hábito
E não ter cantos escuros
Prá guardar os meus segredos
Parar de dizer:
"Não tenho tempo prá vida"
Que grita dentro de mim
Me libertar!...

"-Hoje eu vou mudar
Sair de dentro de mim
Não usar somente o coração
Parar de contar os fracassos
Soltar os laços
E prender as amarras da razão
Voar livre
Com todos os meus defeitos
Prá que eu possa libertar
Os meus direitos
E não cobrar dessa vida
Nem rumos e nem decisões
Hoje eu preciso e vou mudar
Dividir no tempo
E somar no vento
Todas as coisas
Que um dia sonhei conquistar
Porque sou mulher
Como qualquer uma
Com dúvidas e soluções
Com erros e acertos
Amores e desamores
Suave como a gaivota
E ferina como a leoa
Tranqüila e pacificadora
Mas ao mesmo tempo
Irreverente e revolucionária
Feliz e infeliz
Realista e sonhadora
Submissa por condição
Mas independente por opinião
Porque sou mulher
Com todas as incoerências
Que fazem de nós
O forte sexo fraco"

Eu preciso mudar!
Eu preciso!
Eu preciso mudar!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Sou seu amor! E estou Aqui!

Há certas horas, em que não precisamos de um Amor...
Não precisamos da paixão desmedida...
Não queremos beijo na boca...
E nem corpos a se encontrar na maciez de uma cama...

Há certas horas, que só queremos a mão no ombro, o abraço apertado ou mesmo o estar ali, quietinho, ao lado...
Sem nada dizer...

Há certas horas, quando sentimos que estamos pra chorar, que desejamos uma presença amiga, a nos ouvir paciente, a brincar com a gente, a nos fazer sorrir...

Alguém que ria de nossas piadas sem graça...
Que ache nossas tristezas as maiores do mundo...
Que nos teça elogios sem fim...
E que apesar de todas essas mentiras úteis, nos seja de uma sinceridade
inquestionável...

Que nos mande calar a boca ou nos evite um gesto impensado...
Alguém que nos possa dizer:

Acho que você está errada, mas estou do seu lado...

Ou alguém que apenas diga:

Sou seu amor! E estou Aqui!



William shakespeare

domingo, 14 de novembro de 2010

Saudade é a memória do coração!

Eu tenho saudades de tudo que marcou a minha vida, Quando vejo retratos, quando sinto cheiros, quando escuto uma voz, quando me lembro do passado, eu sinto saudades... Sinto saudades de amigos que nunca mais vi, de pessoas com quem não mais falei ou cruzei... Sinto saudades da minha infância. Sinto saudades do presente, que não aproveitei de todo, lembrando do passado e apostando no futuro... Sinto saudades do futuro, que se idealizado, provavelmente não será do jeito que eu penso que vai ser... Sinto saudades de quem me deixou e de quem eu deixei, de quem disse que viria e nem apareceu; de quem apareceu correndo, sem me conhecer direito, de quem nunca vou ter a oportunidade de conhecer. Sinto saudades dos que se foram e de quem não me despedi como devia; daqueles que não tiveram como me dizer adeus; de gente que passou na calçada contrária da minha vida e que só enxerguei de vislumbre; de coisas que tive e de outras que não tive mas quis muito ter; de coisas que nem sei que existiram. Sinto saudades de coisas sérias, de coisas hilariantes, de casos, de experiências... Sinto saudades dos livros que li e que me fizeram viajar, dos CDs que ouvi e que me fizeram sonhar, das coisas que vivi e das que deixei passar, sem curtir na totalidade... Quantas vezes tenho vontade de encontrar não sei o que não sei onde, para resgatar alguma coisa que nem sei o que é e nem onde perdi... Vejo o mundo girando e penso que poderia estar sentindo saudades em japonês, em russo, em italiano, em inglês, mas que minha saudade, por eu ter nascido no Brasil, só fala português, embora, lá no fundo, possa ser poliglota... Aliás, dizem que costuma-se usar sempre a língua pátria, instantâneamente, quando estamos desesperados, para contar dinheiro, fazer amor e declarar sentimentos fortes, seja lá em que lugar do mundo estejamos. Eu acredito que um simples "I miss you", ou seja lá como possamos traduzir saudade, em outra língua, nunca terá a mesma força e significado da nossa palavrinha. Talvez não exprima, corretamente, a imensa falta que sentimos de coisas ou pessoas queridas. E é por isso que eu tenho mais saudades...
Porque encontrei uma palavra para usar todas às vezes em que sinto este aperto no peito, meio nostálgico, meio gostoso, mas que funciona melhor do que um sinal vital quando se quer falar de vida e de sentimentos... Ela é a prova inequívoca de que somos sensíveis, de que amamos muito o que tivemos e lamentamos as coisas boas que perdemos ao longo da nossa existência.

Tudo dando certo, mas eu tô esperto, não posso botar tudo a perder .


Só quero que saiba que todas as coisas ruins em mim, você conseguiu torná-las melhores . Que toda parte preto e branco da minha vida, você coloriu . Que todo o passo que eu dei, foi tentando chegar onde você estava . Que qualquer coisa que eu fiz e disse por você, valeu a pena . Que em todos os momentos da minha vida, eu pensei em você . Que em todas as noites, eu rezei por você e desejei que estivessem bem . Que em todo e qualquer jeito que possa existir, eu amei você demais, com toda a minha alma . Que foi você que colocou um sorriso no meu rosto quando eu estava triste, e ninguém mais ! Que em 90% dos meus dias, eu só acordei porque sabia que eu poderia ouvir sua voz, ver seu sorriso mais uma vez . Que ninguém mais vai amar você mais do que eu amei . Que você mudou minha vida em todos os aspectos possíveis . Que eu chorei em todos os momentos que eu não pude estar lá quando você estava triste . Que você me fez rir mais que qualquer outra pessoa já fez . Que você me manteve respirando durante todo esse tempo . Que foi em você que eu pensei em todos os momentos felizes da minha vida . Que eu amo você em todo e qualquer jeito que uma pessoa pode amar outra ! Porque apesar de todas as coisas ruins que aconteceram no meu tempo de vida, posso dizer que valeu a pena, porque eu pude ver você sorrindo em minha frente . E que se eu vivesse para sempre, eu viveria por você, e por mais ninguém .

sábado, 13 de novembro de 2010

Quando falo com ele é porque senti sua falta e quando não falo é porque estou esperando ele sentir a minha .


Eu sei que é difícil . Eu sei que dói e que vai doer mais a cada dia que se passar . Eu sei que respirar sabendo que ele não é mais seu, vai doer . Sei que ouvir o nome dele, e saber que o nós virou passado vai doer . Eu sei que a vontade de ler tudo de novo, a vontade de ver fotos, conversas, momentos, vai ser maior . Eu sei que a vontade de cortar os pulsos vai ser tentadora, porque suportar uma dor externa vai parecer mais fácil que suportar a dor interna . Sei que deixar tudo de lado para se focar apenas na sua dor, vai ser uma das suas escolhas mais prazerosas, e sensatas . Mas não vale a pena . Chore tudo que você tiver que chorar . Lembre de tudo que você tiver que lembrar . Tire um dia só para falar dele . Embriague-se dele . Tenha uma overdose dele . Repita o nome dele dentro da sua cabeça mil e uma vezes . Pense nele antes de dormir, e refaça os seus diálogos . E então, no dia seguinta, acorde para uma vida nova . Deixe ele, e tudo do dia passado, ali, no passado . Não cometa o mesmo erro que eu . Não faça isso pouco a pouco . Não deixe essa dor se arrastar, não deixe isso se transformar em uma semana, em um mês, em um ano . Não prolongue o que não existe . Não faça com que o tempo da sua dor seja maior que o amor de vocês . Entende ? Não é fácil . É insuportável . É como carregar um peso de cem quilos nas costas . Mas por favor, não cometa o mesmo erro que eu . Não diga que tudo está bem quando tudo está uma grande merda . Não diga que não sofre, quando sofrimento é a única coisa que preenche o vazio que ele deixou . Não sorria fingindo uma alegria que não exista . Sofra . Sofra até que esse sofrimento te faça cair, até que esse sofrimento te corroa por completo, e pronto, chega . Não deixe que isso se torne seu ar, não deixe que seu coração bata em função disso, e nem que seus pensamentos vaguem em função disso . Passou . Daqui um ano você vai olhar pra trás e vai pensar : Caralho, como eu sofri . Como eu chorei até meus pulmões implorarem por ar . Como eu me machuquei até sentir todo meu corpo adormecido . Até não sentir nada, e ainda assim, sentir você . Como eu gritei, e em resposta só obtive o silêncio . Mas então, foda-se . Foda-se mesmo . Não vire uma masoquista, por favor . Não se engane, não negue, não esconda .. Mas quando a dor sumir, e você tiver que levantar, não escolha continuar no chão apenas para continuar com a sensação de ainda tê-lo . Porque não .. A dor não te deixa mais próximo dele . A dor não é capaz de fazer seu coração saltitar, como ele fazia . A dor não te acolhe em seus braços em noites de tormenta . A dor não te ama, como um dia ele jurou te amar . A única coisa que a dor faz, é te acompanhar durantes todos os dias . Para sempre .. Coisa que ele não foi capaz de fazer. E você, mesmo sem querer, ta aprendendo a viver sem ele . Agora, você precisa acima de tudo aprender a viver sem ela . A dor . Você precisa fazer apenas uma coisa : Reerguer-se . Sem ele . Sem dor .

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Não haja como se eu não tivesse lutado por você .


Lutei por você, e por muito tempo .

Quando a gente precisa que alguém fique a gente constrói qualquer coisa, até um castelo.


Não sei, até hoje não sei se o príncipe era um deles. Eu não podia saber, ele não falava. E, depois, ele não veio mais. Eu dava um cavalo branco para ele, uma espada, dava um castelo e bruxas para ele matar, dava todas essas coisas e mais as que ele pedisse, fazia com a areia, com o sal, com as folhas dos coqueiros, com as cascas dos cocos, até com a minha carne eu construía um cavalo branco para aquele príncipe... mas ele não queria, acho que ele não queria, e eu não tive tempo de dizer que quando a gente precisa que alguém fique a gente constrói qualquer coisa, até um castelo.

(Caio Fernando Abreu)

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Boa sorte!!

Na maioria das vezes, gosto de estranhos. A partir do momento que você conhece alguém de verdade, se decepciona tanto, que é mais confortante ficar no anonimato. Não me importo se você for indiferente comigo (já me acostumei muito com isso), só não omitam nada. Verdades são ásperas, mas estão aí para serem aceitas, e jamais questionadas. Já passei por muitas experiências por aqui, e ao contrário do que pensam, aprendi muito com isso. Então, se for me adicionar na expectativa de destruir corações, sinto informar que aqui já não existem mais sentimentos. Tudo é muito indiferente. Na verdade, tanto faz. Boa sorte!!

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

"A RAZÃO DOS CÃES TEREM TANTOS AMIGOS, É QUE MOVEM SUAS CAUDAS MAIS QUE SUAS LÍNGUAS."


Se usarmos nosso tempo, dedicação, atenção
para proclamar sorrisos, felicidade e
amor, tudo fica melhor, tudo se transforma ...


A forma de algumas pessoas levarem a vida, com mais leveza, com um sorriso no rosto e felicidade estampada em atitudes, faz com que prestemos mais atenção nas
simples, porém valorosas dádivas que nos são concedidas todos os dias.

As pessoas precisam AMAR mais, ajudar mais e julgar menos...
Todo mundo é igual e estamos todos destinados a um mesmo futuro nesta etapa da vida: a morte.
Mas apesar desse destino certo, cabe a cada um a liberdade de escolha,
enquanto respira...

Como você decide viver a vida é o que faz
diferença nos momentos em que passar por provações.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Além do Ponto

Chovia, chovia, chovia e eu ia indo por dentro da chuva ao encontro dele, sem guarda-chuva nem nada, eu sempre perdia todos pelos bares, só levava uma garrafa de conhaque barato apertada contra o peito, parece falso dito desse jeito, mas bem assim eu ia pelo meio da chuva, uma garrafa de conhaque na mão e um maço de cigarros molhados no bolso. Teve uma hora que eu podia ter tomado um táxi, mas não era muito longe, e se eu tomasse um táxi não poderia comprar cigarros nem conhaque, e eu pensei com força então que seria melhor chegar molhada da chuva, porque aí beberíamos o conhaque, fazia frio, nem tanto frio, mais umidade entrando pelo pano das roupas, pela sola fina esburacada dos sapatos, e fumaríamos beberíamos sem medidas, haveria música, sempre aquelas vozes roucas, aquele sax gemido e o olho dele posto em cima de mim, ducha morna distendendo meus músculos. Mas chovia ainda, meus olhos ardiam de frio, o nariz começava a escorrer, eu limpava com as costas das mãos e o líquido do nariz endurecia logo sobre os pêlos, eu enfiava as mãos avermelhadas no fundo dos bolsos e ia indo, eu ia indo e pulando as poças d'água com as pernas geladas. Tão geladas as pernas e os braços e a cara que pensei em abrir a garrafa para beber um gole, mas não queria chegar na casa dele meio bêbada, hálito fedendo, não queria que ele pensasse que eu andava bebendo, e eu andava, todo dia um bom pretexto, e fui pensando também que ele ia pensar que eu andava sem dinheiro, chegando a pé naquela chuva toda, e eu andava, estômago dolorido de fome, e eu não queria que ele pensasse que eu andava insone, e eu andava, roxas olheiras, teria que ter cuidado com o lábio inferior ao sorrir, se sorrisse, e quase certamente sim, quando o encontrasse, para que não visse o dente quebrado e pensasse que eu andava relaxando, sem ir ao dentista, e eu andava, e tudo que eu andava fazendo e sendo eu não queria que ele visse nem soubesse, mas depois de pensar isso me deu um desgosto porque fui percebendo percebendo, por dentro da chuva, que talvez eu não quisesse que ele soubesse que eu era eu, e eu era. Começou a acontecer uma coisa confusa na minha cabeça, essa história de não querer que ele soubesse que eu era eu, encharcada naquela chuva toda que caía, caía, caía e tive vontade de voltar para algum lugar seco e quente, se houvesse, e não lembrava de nenhum, ou parar para sempre ali mesmo naquela esquina cinzenta que eu tentava atravessar sem conseguir, os carros me jogando água e lama ao passar, mas eu não podia, ou podia mas não devia, ou podia mas não queria ou não sabia mais como se parava ou voltava atrás, eu tinha que continuar indo ao encontro dele, ou podia mas não queria ou não sabia mais como se parava ou voltava atrás, eu tinha que continuar indo ao encontro dele, que me abriria a porta, o sax gemido ao fundo e quem sabe uma lareira, pinhões, vinho quente com cravo e canela, essas coisas do inverno, e mais ainda, eu precisava deter a vontade de voltar atrás ou ficar parada, pois tem um ponto, eu descobria, em que você perde o comando das próprias pernas, não é bem assim, descoberta tortuosa que o frio e a chuva não me deixavam mastigar direito, eu apenas começava a saber que tem um ponto, e eu dividida querendo ver o depois do ponto e também aquele agradável dele me esperando quente e pronto.

Um carro passou mais perto e me molhou inteira, sairia um rio das minhas roupas se conseguisse torcê-las, então decidi na minha cabeça que depois de abrir a porta ele diria qualquer coisa tipo mas como você está molhada, sem nenhum espanto, porque ele me esperava, ele me chamava, eu só ia indo porque ele me chamava, eu me atrevia, eu ia além daquele ponto de estar parada, agora pelo caminho de árvores sem folhas e a rua interrompida que eu revia daquele jeito estranho de já ter estado lá sem nunca ter, hesitava mas ia indo, no meio da cidade como um invisível fio saindo da cabeça dele até a minha, quem me via assim molhada não via nosso segredo, via apenas uma qualquer molhada sem capa nem guarda-chuva, só uma garrafa de conhaque barato apertada contra o peito. Era a mim que ele chamava, pelo meio da cidade, puxando o fio desde a minha cabeça até a dele, por dentro da chuva, era para mim que ele abriria sua porta, chegando muito perto agora, tão perto que uma quentura me subia para o rosto, como se tivesse bebido o conhaque todo, trocaria minha roupa molhada por outra mais seca e tomaria lentamente minhas mãos entre as suas, acariciando-as devagar para aquecê-las, espantando o roxo da pele fria, começava a escurecer, era cedo ainda, mas ia escurecendo cedo, mais cedo que de costume, e nem era inverno, ele arrumaria uma cama larga com muitos cobertores, e foi então que escorreguei e caí e tudo tão de repente, para proteger a garrafa apertei-a mais contra o peito e ela bateu numa pedra, e além da água da chuva e da lama dos carros a minha roupa agora também estava encharcada de conhaque, como uma bêbada, fedendo, não beberíamos então, tentei sorrir, com cuidado, o lábio inferior quase imóvel, escondendo o caco do dente, e pensei na lama que ele limparia terno, porque era a mim que ele chamava, porque era a mim que ele escolhia, porque era para mim e só para mim que ele abriria a sua porta.


Chovia sempre e eu custei para conseguir me levantar daquela poça de lama, chegava num ponto, eu voltava ao ponto, em que era necessário um esforço muito grande, era preciso um esforço muito grande, era preciso um esforço tão terrível que precisei sorri mais sozinha e inventar mais um pouco, aquecendo meu segredo, e dei alguns passos, mas como se faz? me perguntei, como se faz isso de colocar um pé após o outro, equilibrando a cabeça sobre os ombros, mantendo ereta a coluna vertebral, desaprendia, não era quase nada, eu mantida apenas por aquele fio invisível ligado à minha cabeça, agora tão próximo que se quisesse eu poderia imaginar alguma coisa como um zumbido eletrônico saindo da cabeça dele até chegar na minha, mas como se faz? eu reaprendia e inventava sempre, sempre em direção a ele, para chegar inteiro, os pedaços de mim todos misturados que ele disporia sem pressa, como quem brinca com um quebra-cabeça para formar que castelo, que bosque, que verme ou deus, eu não sabia, mas ia indo pela chuva porque esse era meu único sentido, meu único destino: bater naquela porta escura onde eu batia agora. E bati, e bati outra vez, e tornei a bater, e continuei batendo sem me importar que as pessoas na rua parassem para olhar, eu quis chamá-lo, mas tinha esquecido seu nome, se é que alguma vez o soube, se é que ele o teve um dia, talvez eu tivesse febre, tudo ficara muito confuso, idéias misturadas, tremores, água de chuva e lama e conhaque batendo e continuava chovendo sem parar, mas eu não ia mais indo por dentro da chuva, pelo meio da cidade, eu só estava parada naquela porta fazia muito tempo, depois do ponto, tão escuro agora que eu não conseguiria nunca mais encontrar o caminho de volta, nem tentar outra coisa, outra ação, outro gesto além de continuar batendo, batendo, batendo, batendo, batendo, batendo, batendo, batendo, batendo, batendo, batendo, batendo, batendo, na mesma porta que não abre nunca.

Caio Fernando de Abreu

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Mas, quem diria?

Eu te dei tudo que eu podia, mas não bastou pra você.
Eu larguei tudo que eu tinha, abri mão de tudo por você

Mas meu grande erro, foi ter te dado o meu coração
Que você pisou, e deixou em mil pedaços no chão.

Mas quem diria?
Que você mudaria, me deixando aqui sem ninguém.
Quem diria?
Que a gente chegaria ao ponto de terminar uma história assim.
Eu preciso acreditar, que um dia vai passar
E tudo vai ficar bem melhor
Eu não posso esperar
Que um dia você volte pra mim...

Por favor, volte pra mim?!

domingo, 7 de novembro de 2010

O que está acontecendo com o mundo!!!!?


Catástrofes e mais catástrofes. Esse é o ciclo o qual o nosso planeta está submetido atualmente. Quando ligamos a TV é só isso que vemos nos jornais. Temas que também estampam a capa de jornais e revistas. Mas por que isso está acontecendo de forma tão agressiva com o mundo? Serão apenas questões naturais ou há uma parcela de culpa da atividade humana? Várias são as indagações.
As respostas podem ser encontradas nos fenômenos que agravam nosso planeta dia-a-dia. Enchentes, queimadas, tornados, furacões, maremotos, tsunamis…
Muitas são as teses defendidas para a explicação de tais ocorrências, embora toda essa argumentação seja apresentada, existem várias dúvidas. Uma delas tem a ver precisamente com a ação do homem. A forma tão banalizada de como o homem trata o planeta tem alguma relação com o que está acontecendo?
Várias são as respostas encontradas. Muitos SIM, muitos NÃO. No meu ponto de vista, uma coisa tem a ver com a outra. Esses fenômenos que nos atacam frequentemente são apenas consequências da forma bruta que o homem trata a natureza. Quem procura, acha! Pena que às vezes pessoas inocentes acabam vítimas dessas catástrofes.
Mas também é muita falta de consciência por nossa parte. Exploramos, derrubamos, queimamos, ou seja, fazemos da natureza um brinquedo. Não estamos nem aí com o mal que isso pode causar a ela. Só pensamos em nós. Aí quando a mãe natureza decide reagir, nos enchemos de porquês. “Por que isso tá acontecendo?”, “Mas por que, meu Deus”. Nesses momentos esquecemos de que tudo isso é apenas um reflexo de nossas ações. Esquecemos que existem várias justificativas para tantos porquês. E a palavra que justifica tudo isso é bem simples: IRRESPONSABILIDADE.
Sim, nossa irresponsabilidade para com o mundo todo.
Somos tão imaturos ao ponto de nos esquecer de que tudo tem limite. A natureza vai só aguentando calada, mas quando resolve “falar”, responde da maneira mais agressiva que se pode imaginar.
Se o ser humano soubesse usar corretamente o dom da inteligência, seria capaz de distinguir LIBERDADE de LIBERTINAGEM. Nosso mal é que sempre abusamos de nossa liberdade.
Somos tão ignorantes que, às vezes, achamos que nossos atos não terão consequências futuras. É aí que “quebramos a cara”.
O mundo dia após dia está “morrendo”. Nós estamos por enquanto lidando apenas como uma previsão. A partir do momento que vermos que isso já é uma realidade, vamos tomar conhecimento de nossa insensatez.
Costumamos sempre botar culpa no governo que não faz isso ou aquilo, mas nós temos que começar a mudar pela gente, não ficar de braços cruzados esperando pelas ações do governo. Um por um, cada qual fazendo sua parte já contribui e muito.
O simples fato de não mais jogarmos papel no chão já representa muito. Nosso problema é que nos deixamos levar pelos outros. Pensamos: “Ah! Só eu contribuindo não vai adiantar nada. Um papel a mais não faz diferença”. Não querendo ser clichê, mas de grão em grão a galinha enche o papo.
O QUE ESTÁ ACONTECENDO COM O MUNDO? Há soluções para isso?
Perguntas que não querem calar. Sabemos que isso não está acontecendo à toa. Tem que haver alguma explicação.
Deus perdoa, a natureza NÃO!

sábado, 6 de novembro de 2010

Deitar na sua cama, ouvir a sua voz, esquentar meu pé na sua batata da perna.


Porque de algum modo, uma partezinha de mim sempre esperou que talvez, de vez em quando, ou até de vez em nunca, você entendesse que eu faço o que eu posso e o que eu não posso pra ficar perto, pra que existam mais momentos, mais carinho, mais atenção, mais amor. E, eu penso em você assim, do nada, enquanto estou procurando um endereço no mapa, ou as vezes esperando a torrada ficar pronta, e inevitavelmente, surge um sorriso no meu rosto. Não são as canções, os lugares, as companhias ou o maldito cheiro daquele perfume que me faz recordar, às vezes o simples fato de abrir os olhos numa manhã fria já é o suficiente. Isso prova que não é culpa minha, que é totalmente involuntário o ato de pensar. Eu sempre achei que fosse ser forte quando me apaixonasse de novo. Eu guardei tantas forças, juro que guardei, mas foi tudo tão rápido, tão de repente e tão inesperado que eu nem me lembrei aonde as tinha guardado, não soube nem por onde começar a procurar. Talvez eu não esteja preparada para o descaso de as vezes.. as vezes não se contenta em apenas molhar os olhos e embaçar a minha visão, aquela maldita lágrima que fez questão de cair. Só porque, sim... eu já passei (e eu confesso, ainda vou passar ) muito tempo, pensando que tudo isso pode ser diferente, que dessa vez pode dar certo. Eu não quero desistir de você, assim como já desisti de muitos outros, eu quero te ter por perto, eu quero dizer que o nosso amor deu certo, eu só te peço compreensão, pra entender que nem tudo o que acontece, foi porque eu planejei ou quis assim.E lá vem você de , e lá vem você mais uma vez.E eu sinto que você é a pessoa mais parecida comigo que eu conheço.Por mais que todas as terapias do mundo, todas as auto-ajudas do universo e todos os amigos experientes do planeta me digam que preciso definitivamente não precisar de você, minha alma grita aqui dentro que, por mais feliz que eu seja, a festa é sempre pela metade.
É você quem eu sempre busco com minha gargalhada alta, com a minha perdição humana em festejar, com a minha solidão cansada de se enganar.
Não agüento mais os mesmos papos, os mesmos cheiros, as mesmas gírias, os mesmos erros, a volta por cima, o salto alto, o queixo empinado, o peito projetado pra frente. Não agüento mais fingir com toda a força do mundo que tudo bem festejar sem você.
(...) Mas eu continuo acreditando na gente, eu continuo acreditando que tudo sem você é distração e tudo com você é vida. Como eu queria agora ir para a sua casa, deitar na sua cama, ouvir a sua voz, esquentar meu pé na sua batata da perna. (..)

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Acredito que essa moça, no fundo gosta dessas coisas.

Lá está ela, mais uma vez. Não sei, não vou saber, não dá pra entender como ela não se cansa disso. Sabe que tudo acontece como um jogo, se é de azar ou de sorte, não dá pra prever. Ou melhor, até se pode praver, mas ela dispensa.
Acredito que essa moça, no fundo gosta dessas coisas. De se apaixonar, de se jogar num rio onde ela não sabe se consegue nadar. Ela não desiste e leva bóias. E se ela se afogar, se recupera.
Estranho e que ela já apanhou demais da vida. Essa moça tem relacionamentos estranhos, acho que ela está condicionada a ser uma pessoa substituta. E quem não é?
A gente sempre acha que é especial na vida de alguém, mas o que te garante que você não está somente servindo pra tapar buracos, servindo de curativo pras feridas antigas?
A moça...ela muito amou, ama, amará, e muito se machuca também. Porque amar também é isso, não? Dar o seu melhor pra curar outra pessoa de todos os golpes, até que ela fique bem e te deixe pra trás, fraco e sangrando. Daí você espera por alguém que venha te curar.
As vezes esse alguém aparece, outras vezes, não. E pra ela? Por quem ela espera?
E assim, aos poucos, ela se esquece dos socos, pontapés, golpes baixos que a vida lhe deu, lhe dará. A moça - que não era Capitu, mas também tem olhos de ressaca - levanta e segue em frente. Não por ser forte, e sim pelo contrário...por saber que é fraca o bastante para não conseguir ter ódio no seu coração, na sua alma, na sua essência. E ama, sabendo que vai chorar muitas vezes ainda. Afinal, foi chorando que ela, você e todos os outros, vieram ao mundo.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Longe dos olhos, longe do coração...

"Ah, mas tudo bem. Em seguida todo mundo se acostuma. As pessoas esquecem umas das outra com tanta facilidade. Como é mesmo que minha mãe dizia? Quem não é visto não é lembrado. Longe dos olhos, longe do coração. Pois é."

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Quando os Sonhos se Perdem em Nossas Vidas!


Um dos maiores desafios do ser humano é o da administração de sua própria vida e da sua existência; o gerenciamento da dinâmica cotidiana que sempre o empurra para a busca da realização e satisfação pessoais, mas que sempre conflita com a realidade dura da cotidianidade.

Muitos são aqueles que, diante dos desafios e dificuldades que a cotidianidade apresenta, se entregam a uma existência pobre, sem vida e sem beleza. Na verdade, a grande maioria das pessoas, vive uma vida de total entrega a um sentimento de desistência para consigo mesmas e para com a vida que todo o encanto e a beleza que a existência possa lhe proporcionar é roubado pelo simples fato de faltar um elemento fundamental para essa existência prazerosa e feliz – os sonhos.

Os sonhos são os elementos fundamentais e essências para a vida de um ser humano que deseja viver uma existência com beleza, dinamismo e muita criatividade. Os sonhos são mecanismos fantásticos para encher o coração de uma pessoa de gozo e satisfação levando-a a superar os desafios e as dificuldades que a vida lhe impõe.

Podemos dizer que os sonhos são os principais responsáveis pelo despertar da potencialidade individual de cada pessoa. É como se fosse o start para o externalizar das potencialidades muitas vezes incutidas em nós. Os sonhos servem como forte estímulo para que um indivíduo se lance plenamente na operacionalidade de seus dons, talentos e habilidades. Sem os sonhos morremos e nos tornamos meros zumbis da existência, sem brilho, sem cor, sem alegria e sem vitalidade.

O fato é que todas as pessoas, em algum momento de suas vidas, foram roubadas em seus sonhos. Devido a diversas circunstâncias da vida, tais sonhos foram se tornando verdadeiros pesadelos ou apenas devaneios utópicos que jamais viraram realidade. Mas eu pergunto, deve ser assim?

Será que devemos permitir que as adversidades da vida e da existência roubem ou violentem os nossos sonhos a tal ponto de não mais nos lançarmos nesta bela manifestação explosiva da criatividade humana? Será que devemos permitir que o ceticismo e a incredulidade de uma mente sem sonhos sejam o padrão aferidor de nossa cotidianidade?

Sonhos são importantes e fundamentais; sem eles nossa vida se torna por demais “realista” a ponto de a beleza e o brilho da vida significativa se perderem frente às análises frias e céticas da realidade que nos cerca.

Assim, ainda que as adversidades, problemas, decepções, dificuldades e tristezas tentem nos sufocar a ponto de roubar de nós qualquer sonho, não nos entreguemos a tais coisas! Continuemos a sonhar a fim de nos mantermos inspirados para percorrer a jornada da existência. Não podemos permitir que tais coisas venham roubar algo de tão belo e fascinante que o Senhor deu a cada ser humano – a capacidade de sonhar.

Sustentemos nossos sonhos com a fé e a esperança, e jamais permitamos que os mesmos venham a morrer por uma mera perspectiva duvidosa e cética da realidade circundante que perdeu a beleza de se viver uma vida produtiva, dinâmica e criativa. Portanto, nunca deixe de sonhar!



Pense nisso!!!

Um novo “Ele” e a antiga “Ela”.

Quando ele me deixou pensei que fosse apenas por alguns dias, assim como já havia acontecido anteriormente, então esperei. Esperei. E esperei novamente. O telefone não tocava a campainha não tocava. Nada. Tentei pensar que ele estava tentando ser resistente e então novamente ali, sentada naquela cadeira desconfortável na companhia de meus cigarros eu voltei a esperar, e esperar, e esperar. Esperei por dias, quem sabe, meses. Até que o telefone tocou, e sim, era ele. Ou melhor, eu pensei que fosse. Descobri com o decorrer da conversa que ele não era mais o mesmo, era um novo “ele”. Ele disse que muitas coisas haviam mudado na vida dele, dentro dele. E eu compreendi que eu não fazia mais parte da vida dele. Tentei fingir, forjei os mais nobres sentimentos e ele acreditou, acreditou que agora havia uma nova “ela” dentro de mim, ele até chegou a dizer que tudo havia melhorada para nós dois, só que “nós dois” separadamente. Por que agora, não existia mais “nós dois”. Eram apenas um novo ele e a antiga, que aparentava ser nova, ela.

Cuspo palavras, firo, e me arrependo em seguida.


"Decodifico expressões, mãos e olhos e muitas vezes dou suposições ciumentas e erradas, te julgo mal por pensamentos que me enlouquecem. Meu ciúme pula na cabeça e amarra minhas mãos, me deixa brava e chorona. Cuspo palavras, firo, e me arrependo em seguida. Perdôo facilmente, mas não pense que esquecerei. Tenho um coração gigante, aonde o ar que circula é puro amor, mas que não se entra tão fácil. Tenho receio da entrega, do presente, mas se você persistir, conhecerá o meu mais íntimo."

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Isso era tudo.


Ela o amava. Ele a amava também. E ainda, que essa coisa, o amor, fosse complicada demais para compreender e detalhar nas maneiras tortuosas como acontece, naquele momento em que acontecia dentro do sonho, era simples. Boa, fácil, assim era. Ela gostava de estar com ele, ele gostava de estar com ela. Isso era tudo.

*


C.F.A

Não adianta...



As pessoas estão sempre crescendo e se modificando, mas estando próximas, uma vai adequando seu crescimento e a sua modificação ao crescimento e à modificação da outra. Mas estando distantes, uma cresce e se modifica num sentido e outra noutro,
completamente diferente, distraídas que ficam da necessidade de continuarem
as mesmas uma para a outra. (...) Não adianta, no momento que as pessoas se
afastam elas estão irremediavelmente perdidas uma pra outra.

O que eu sinto por voce resume em três palavras amor, amor, amor e mais nada!

domingo, 31 de outubro de 2010

Voaremos de tanta boniteza...


"Imagine um mundo de coisas limpas e bonitas, onde a gente não seja obrigado a fugir, fingir ou mentir, onde a gente não tenha medo nem se sinta confuso [não haverá a palavra nem a coisa confusão, porque tudo será nítido e claro], onde as pessoas não machuquem umas às outras, onde o que a gente é apareça nos olhos, na expressão do rosto, em todos os movimentos - acrescente a esse mundo os detalhes que você quiser [eu me satisfaço com um rio, macieiras carregadas, alguns plátanos e uma colina] depois convide pessoas azuis para se darem as mãos e fazerem uma grande concentração para concretizar esse mundo - e, então, quando ele estiver pronto, novo e reluzente como se tivesse sido envernizado, então nós nos encontraremos lá e eu não precisarei explicar nada, sem contar estória escura, porque estórias claras estarão acontecendo à nossa volta e nós estaremos sendo aquilo que somos, sem nenhuma dureza, e o que fomos ficou dependurado em algum armário embutido, junto com os sapatos [quem precisará deles para pisar na grama limpa dessa terra?], roupas e enfeites [quem precisará de panos, contas ou cores na terra onde o ar será colorido e enfeitará nossos corpos?] - lá, eu digo, nós nos encontraremos entre centauros, sereias e unicórnios, e sem dizer nada, com um olhar verde (uma das minhas grandes frustrações sempre foi não ter olhos verdes) eu direi o quanto te gosto, e voaremos de tanta boniteza".

Caio F. A

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

...


"Ficar bem nem sempre deixa outras opções. É estranho quando as coisas simplesmente têm de terminar. É o estágio onde todos os sentimentos já evoluíram para um nada. É o nada que você optou para parar de sentir dor. No início você briga, chora, faz drama mexicano. Então percebe que é cansativo demais manter esse jeito de levar as coisas. Acostuma-se.. Não que pare de doer, mas que cai no seu entendimento que às vezes perdemos algo e não há solução. No fim você coloca um sorriso no rosto e finge que é sincero, até que a vida o faça realmente ser. Talvez os amores eternos sejam amenos e os intensos, passageiros. É isso."


Daí você espera por alguém que venha te curar. As vezes esse alguém aparece, outras vezes, não.'


Caio F. A

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Porque você tá chorando?



Ah… [Porque eu te amo e não aguento mais um dia sem você. Porque suas provocações me fazem ficar mal, porque seu desinteresse dói lá no fundinho. Porque eu sinto falta de tudo que nós vivemos, sinto falta dos seus carinhos, seus beijos, sinto falta do jeito como me tratava. Porque você me trata mal, porque você não tá nem aí pra mim, porque eu passo o dia me perguntando como você tá, porque dói saber que você fica com outras, que você faz outra menina sentir tudo que eu sinto. Porque eu to cansada de te amar e não poder demonstrar, to cansada de tentar te mostrar que sinto a sua falta e só levar patada, corte. Porque eu cansei de fingir que é passado, que eu não to nem aí. Porque eu odeio a incerteza, odeio sua indiferença. E principalmente porque eu te amo]. Não é nada, não se preocupa. Já passa.

Caio Fernando Abreu

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Mordo devagar uma das maçãs que você me traz...


...se você tivesse telefonado hoje eu ia dizer tanta, mas tanta coisa. Talvez mesmo conseguisse dizer tudo aquilo que escondo desde o começo, um pouco por timidez, por vergonha, por falta de oportunidade, mas principalmente porque todos me dizem que sou demais precipitado, que coloco em palavras todo o meu processo mental (processo mental: é exatamente assim que eles dizem, e eu acho engraçado) e que isso assusta as pessoas, e que é preciso disfarçar, jogar, esconder, mentir. Eu não achei que ia conseguir dizer, quero dizer, dizer tudo aquilo que escondo desde a primeira vez que vi você, não me lembro quando, não me lembro onde. Hoje havia calma, entende? Eu acho que as coisas que ficam fora da gente, essas coisas como o tempo e o lugar, essas coisas influem muito no que a gente vai dizer, entende? Pois por fora, hoje, havia chuva e um pouco de frio: essa chuva e esse frio parecem que empurram a gente mais pra dentro da gente mesmo, então as pessoas ficam mais lentas, mais verdadeiras, mais bonitas. Hoje eu estava assim: mais lento, mais verdadeiro, mais bonito até. Hoje eu diria qualquer coisa se você telefonasse. Por dentro também eu estava preparado para dizer, um pouco porque eu não agüento mais ficar esperando toda hora você telefonar ou aparecer, e quando você telefona ou aparece com aquelas maçãs eu preciso me cuidar para não assustar você e quando você me pergunta como estou, mordo devagar uma das maçãs que você me traz e cuido meus olhos para não me traírem e não te assustarem e não ficarem querendo entrar demais dentro dos teus olhos, então eu cuido devagar tudo o que digo e todo movimento, porque eu quero que você venha outras vezes (...)

Parei um pouco de escrever para olhar pela janela e principalmente para ver se eu conseguia deter o parafuso entrando no pensamento. Acho que consegui. Porque quando começo assim não consigo mais parar, e não quero que eles me dêem aquela injeção, não quero ouvir eles dizendo que não tem remédio, que eu não tenho cura, que você não existe. Eu acho graça e penso em como você também acharia graça se soubesse como eles repetem que você não existe. Depois eu paro de achar graça e fico olhando a porta por onde não entra o telefone, por onde você não fala e me lembro do pedaço apodrecido daquela maçã e então penso que talvez eles tenham razão, que talvez você não exista mesmo. Mas não é possível, eu sei que não é possível: se estou escrevendo para você é porque você existe. Tenho certeza que você existe porque escrevo para você, mesmo que o telefone não toque nunca mais, mesmo que a porta não abra, mesmo que nunca mais você me traga maçãs e sem as suas maçãs eu me perca no tempo, mesmo que eu me perca. Vou terminar por aqui, só queria pedir uma coisa, acho que não é difícil, é só isso, uma coisa bem simples: quando você voltar outra vez veja se você me traz uma maçã bem verde, a mais verde que você encontrar, uma maçã que leve tanto tempo para apodrecer que quando você voltar outra vez ela ainda nem tenha amadurecido direito."

Caio.F.A

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Quando você sente saudade demais de uma pessoa, então começa a vê-la nas outras.



Não é isso, nem a falta disso. Me roendo por dentro, é outra coisa que só você poderia saber o que é, mas nem você mesmo soube naquele tempo, e agora nem eu sei se saberia explicar a você ou a qualquer outro. Mas o que quero te contar, e só sei meio vagamente porque justo hoje, é um negócio tão louco que nem sei como começar. Quem sabe assim - sabia que uma noite eu vi você? Não ria, não duvide de mim, não pense que foi assim como quando você sente saudade demais de uma pessoa, então começa a vê-la nas outras, em todos os lugares, decostas, por um jeito de andar, de sorrir ou virar a cabeça de lado. Foi outra coisa. E não era apenas uma vontade de ver você que te trazia de volta, era você mesmo.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Porque é preciso coragem para se arriscar num futuro incerto.


"Porque quando fecho os olhos, é você quem eu vejo;
aos lados, em cima, embaixo, por fora e por dentro de mim(...)
É você quem sorri, morde o lábio, fala grosso, conta histórias,
me tira do sério, faz ares de palhaço, pinta segredos(...)
É agora que quero dividir maças, achar o fim do arco-íris,
pisar sobre estrelas e acordar serena.
É para já que preciso contar as descobertas, alisar seu peito,
preparar uma massa, sentir seus cílios.(...)
Não quero saber de medo, paciência, tempo que vai chegar.
Não negue, apareça. Seja forte.
Porque é preciso coragem para se arriscar num futuro incerto(...)
Sem esperas, sem amarras, sem receios,
sem cobertas, sem sentido, sem passados.
É preciso que você venha nesse exato momento.
Abandone os antes.Chame do que quiser. Mas venha.
Quero dividir meus erros, loucuras, beijos, chocolates...

Apague minhas interrogações.
Por que estamos tão perto e tão longe?
Quero acabar com as leis da física,
dois corpos ocuparem o mesmo lugar!"

Caio F. Abreu

domingo, 24 de outubro de 2010

Abrace a sua loucura antes que seja tarde de mais.


"...sabe que o meu gostar por você chegou a ser amor pois se eu me comovia vendo você pois se eu acordava no meio da noite só pra ver você dormindo meu Deus como você me doía de vez em quando eu vou ficar esperando você numa tarde cinzenta de inverno bem no meio duma praça então os meus braços não vão ser suficientes pra abraçar você e a minha voz vai querer dizer tanta mas tanta coisa que eu vou ficar calada um tempo enorme só olhando você sem dizer nada só olhando e pensando meu Deus como você me dói de vez em quando".

Chorar por tudo que se perdeu, por tudo que apenas ameaçou e não chegou a ser, pelo que perdi de mim, pelo ontem morto, pelo hoje sujo, pelo amanhã que não existe, pelo muito que amei e não me amaram, pelo que tentei ser correto e não foram comigo. Meu coração sangra com uma dor que não consigo comunicar a ninguém, recuso todos os toques e ignoro todas tentativas de aproximação. Tenho vergonha de gritar que esta dor é só minha, de pedir que me deixem em paz e só com ela, como um cão com seu osso.A única magia que existe é estarmos vivos e não entendermos nada disso. A única magia que existe é a nossa incompreensão."

"... tenho uma coisa apertada aqui no meu peito, um sufoco, uma sede, um peso, não me venha com essas história de atraiçoamos-todos-os-nossos-ideais, nunca tive porra de ideal nenhum, só queria era salvar a minha, veja só que coisa mais individualista elitista, capitalista, só queria ser feliz, cara."

Natural é as pessoas se encontrarem e se perderem.

Caio Fernando Abreu.

"Abriria mão de tudo se você fizesse o mesmo por mim."




Naquele dia, com os olhos transbordando lágrimas, disquei o número do telefone dele. Me desculpe - foram as únicas palavras que consegui dizer, foi então que uma onda de emoções tomou conta da minha voz. Tinha tanto para falar, e ao mesmo tempo nenhuma palavra para dizer. Do outro lado, a respiração dele era lenta. Hesitou por alguns instantes e falou calmamente: Não é suficiente. E desligou o telefone. E eu te amo, não é suficiente também? Mas era tarde demais.



Muitas vezes você se torna forte o suficiente para deixar que a pessoa se vá, simplesmente para vê-la feliz. E quem sofre é você. Pior do que dar valor depois de perder, é perder por dar valor demais.

sábado, 23 de outubro de 2010

Eu não quero que você me ligue o tempo todo...



Eu não quero que seus amigos saibam tudo sobre mim, só que quero que quando ninguém saiba onde você está, eles digam que você - provavelmente - está comigo.
Eu não quero que tu ame as bandas que eu gosto, só quero que você me ligue pra dizer que ouviu uma música dela, e lembrou de mim.
Eu não quero que você me dê presentes o tempo todo, só quero que em um dia aleatório, você chegue com uma margarida roubada do jardim do vizinho.
Eu não quero que você fique me abraçando o tempo todo, só quero que você pegue forte na minha mão quando passa algum mal-encarado na rua.
Eu não quero que você me ligue o tempo todo, só que mande uma mensagem de madrugada, dizendo que não consegue dormir.
Eu não quero que você me leve para onde tu for, só quero que quando você voltar, diga que sentiu saudades.
Eu não quero que você saia comigo todos os dias, só quero que em um dia qualquer você me ligue dizendo que está na portaria do meu prédio, me esperando.
Eu não quero que você me faça declarações de amor, só quero que eu encontre meu nome escrito em algum canto do seu caderno.
Eu não quero que eu seja o motivo da sua felicidade, só quero que você me diga que as coisas passaram a dar certo depois que eu apareci.
Eu não quero que você me chame de apelidos como amor, linda, fofa, só quero que quando perguntem sobre mim, suas pupilas dilatem e você diga ‘minha pequena’.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Nem dá para colocar outra coisa no lugar.


Um buraco no meio do peito, que não pode ser fechado. Nem dá para colocar outra coisa no lugar. É um espaço insubstituível, que só quem tem um sabe qual é a dor de tê-lo. Não importa o que se faça; ele pode ser aliviado, mas sempre vai estar ali. Porque amor de verdade nunca muda, não importa por quem seja. Quem perdeu alguém sabe o que é esse sentimento de esperar, mesmo sabendo que não vai voltar.

Agora só resta uma coisa seca. Dentro, fora!


E recomeçar é doloroso. Faz-se necessário investigar novas verdades, adequar novos valores e conceitos. Não cabe reconstruir duas vezes a mesma vida numa só existência. É por isso que me esquivo e deslizo por entre as chamas do pequeno fogo, porque elas queimam - e queimar também destrói.

(Caio Fernando Abreu).


Não choro mais. Na verdade, nem sequer entendo porque digo mais, se nao estou certo se alguma vez chorei. Acho que sim, um dia... Quando havia dor. Agora só resta uma coisa seca. Dentro, fora!




Deu vontade de ficar mais tempo junto, deu vontade de levar essa história até o fim – e eu não tenho a menor idéia do que você pensa a respeito, a gente não conversa sobre isso, só fica fazendo uma linha nada-tem-muita-importância, ou algo assim.

- Caio Fernando Abreu.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Aprendi que o amor é feito de liberdade.



Quando nasce um amor novo, é difícil resistir à tentação de alimentá-lo só com a presença. Mas é preciso deixar o amor respirar. Se você colocar uma flor bem bonita dentro de uma redoma, com medo que o vento e o tempo levem sua beleza, manterá por muito pouco tempo o que dela é bonito.

O que eu aprendi sobre o amor, é que ele é feito de faltas e presenças. E que nenhuma das duas pode faltar.

Aprendi que o amor é feito de liberdade. É como ter, todos os dias, muitas outras opções. E ainda assim fazer a mesma livre escolha.

Dessas pequenas vitórias se faz a alegria de amar e ser amado. Descobrir no olhar do outro que você foi escolhido de novo. E de novo, mais uma vez.

Também aprendi que o amor interrompido em seu auge permanece bonito para sempre. O que pode ser muito doído ou pode ser um presente. Depende de como a gente quer guardar. Depende de como a gente quer seguir.

O amor é feito de falta também. Mas aí mora um perigo: adorar mais a falta que o próprio amor. Posso cometer esse erro diante de quem amo ou diante da própria falta. E aí quem passa a faltar sou eu mesma. O amor é feito de falta, mas não sobrevive sem a presença. O amor é feito de hoje.

(...)

O que aprendi sobre o amor é que ele deve estar sempre distraído. Mas quando falta o objeto do amor é o contrário: melhor não se distrair nunca.

O que aprendi sobre o amor - e isso aprendi sobre o amor a mim mesma - é que ele exige de mim, todos os dias, um esforço. Um exercício diário do qual não posso abrir mão.

É como estar num mar profundo, sem barco ou bóia. Não posso simplesmente boiar. Posso relaxar um pouco, mas logo retomo o nado. Não posso boiar, não posso, não posso. A onda pode me levar.

Valdeline Barros

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Coisa mais linda!!!




“Mas quero te contar umas coisas.
Mesmo que a gente não se veja mais.
Penso em você, penso em você com força e carinho.”

(Caio F.)

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Só deixamos de amar uma pessoa...


Sempre te amei, na verdade acho que me acomodei em te amar, sabe quando a gente faz de tudo, põe defeitos nas novas pessoas que estão aparecendo só para o amor que sentimos não sumir? Pois é, eu colocava defeito em todas, não queria deixar de te amar, mas ai apareceu uma pessoa que me tocou profundamente, e eu senti medo – o que sentia por ti já estava se modificando, sumindo – e percebi que só deixamos de amar uma pessoa quando somos tocados profundamente por outra.

Somos inocentes em pensar, que sentimentos são coisas passíveis de serem controladas. Eles simplesmente vêm e vão, não batem na porta, não pedem licença. Invadem, machucam, alegram (...)

"Eu constantemente sinto saudade das coisas que perco, mas não as quero de volta.
Já doeu uma vez."

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Dessa vez, com você, eu queria que desse certo.



Não quero que você me largue. Não quero te largar. Não quero ter motivos pra ir embora, pra te deixar falando sozinho, pra bater o telefone na sua cara. E eu não tenho medo que isso aconteça (eu nunca tenho), eu fiz isso com os outros. É só que dessa vez eu queria muito que fosse diferente. Dessa vez, com você, eu queria que desse certo. Que eu não te largasse no altar. Que eu não te visse com outra. Que eu não tivesse raiva. Que você gostasse e cuidasse de mim como disse ontem à noite que cuidará. Eu quero que dê certo, não estraga, por favor. Não estraga não estraga não estraga. Mesmo que a gente não fique juntos pra sempre. Mesmo que acabe semana que vem. Nunca destrua o meu carinho por você. Nunca esfrie o calorzinho que aparece dentro de mim quando você liga, sorri ou aparece no olho mágico da minha porta. Mesmo que você apareça na porta de outras mulheres depois de me deixar. Me deixe um dia, se quiser. Mas me deixe te amando. É só o que eu peço.

sábado, 16 de outubro de 2010

Saudade...


SAUDADE...

"Em alguma outra vida, devemos ter feito algo de muito grave para sentirmos tanta saudade.

Trancar o dedo numa porta dói.
Bater com o queixo no chão dói.
Torcer o tornozelo dói.
Um tapa, um soco, um pontapé, doem.
Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim.
Mas, o que mais dói é a saudade.


MAS, A SAUDADE MAIS DOLORIDA, É A SAUDADE DE QUEM SE AMA.

Saudade da pele, do cheiro, dos beijos.
Saudade da presença, e até da ausência consentida.
Você podia ficar na sala e ela no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá.
Você podia ir para o escritório e ela para a faculdade, mas sabiam-se onde.
Você podia ficar o dia sem vê-la, ela o dia sem vê-lo, mas sabiam-se amanhã.

Contudo, quando o amor de um acaba, ou torna-se menor, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.
Saudade é basicamente não saber.

NÃO SABER MAIS SE ELA CONTINUA FUNGANDO NUM AMBIENTE MAIS FRIO.

Não saber se ele continua sem fazer a barba por causa daquela alergia.
Não saber se ela ainda usa o mesmo perfume.
Não saber se ele foi à consulta com o dermatologista como prometeu.
Não saber se ela tem comido bem por causa daquela mania de querer emagrecer,
se ela tem assistido as aulas da faculdade,
se aprendeu a entrar na Internet e encontrar a página do Diário Oficial,
se ela aprendeu a estacionar entre dois carros,

SE ELE CONTINUA PREFERINDO SKOL, SE ELA CONTINUA PREFERINDO SUCO DE UVA,

SE ELE CONTINUA SORRINDO COM AQUELES OLHINHOS APERTADOS,

se ela continua dançando daquele jeitinho enlouquecedor, se ele continua assistindo CQC e "Richard",
se ela continua detestando o abacate,

se ele continua amando, se ela continua a chorar até nas comédias.

SAUDADE É NÃO SABER MESMO! NÃO SABER O QUE FAZER COM OS DIAS QUE FICARAM MAIS COMPRIDOS, NÃO SABER COMO ENCONTRAR TAREFAS QUE LHE CESSEM O PENSAMENTO, NÃO SABER COMO FREAR AS LÁGRIMAS DIANTE DE UMA MÚSICA, NÃO SABER COMO VENCER A DOR DE UM SILÊNCIO QUE NADA PREENCHE.

Saudade é não querer saber se ele está com outro, e ao mesmo tempo querer.

É não saber se ele está feliz, e ao mesmo tempo perguntar a todos os amigos por isso... É não querer saber se ele está mais magro, se ela está mais bela.

Saudade é nunca mais saber de quem se ama, e ainda assim doer.