quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Um novo “Ele” e a antiga “Ela”.

Quando ele me deixou pensei que fosse apenas por alguns dias, assim como já havia acontecido anteriormente, então esperei. Esperei. E esperei novamente. O telefone não tocava a campainha não tocava. Nada. Tentei pensar que ele estava tentando ser resistente e então novamente ali, sentada naquela cadeira desconfortável na companhia de meus cigarros eu voltei a esperar, e esperar, e esperar. Esperei por dias, quem sabe, meses. Até que o telefone tocou, e sim, era ele. Ou melhor, eu pensei que fosse. Descobri com o decorrer da conversa que ele não era mais o mesmo, era um novo “ele”. Ele disse que muitas coisas haviam mudado na vida dele, dentro dele. E eu compreendi que eu não fazia mais parte da vida dele. Tentei fingir, forjei os mais nobres sentimentos e ele acreditou, acreditou que agora havia uma nova “ela” dentro de mim, ele até chegou a dizer que tudo havia melhorada para nós dois, só que “nós dois” separadamente. Por que agora, não existia mais “nós dois”. Eram apenas um novo ele e a antiga, que aparentava ser nova, ela.

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