segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

O Amor

O Amor é paciente, é benigno,
o Amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece,
não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses,
não se exaspera, não se ressente do mal;
não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade;
tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

O Amor jamais acaba; mas havendo profecias, desaparecerão;
havendo línguas, cessarão; havendo ciência, passarão;
porque em parte conhecemos, e em parte profetizamos.

Quando, porém, vier o que é perfeito, então o que é em parte será aniquilado.
Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino,
pensava como menino; quando cheguei a ser homem,
desisti das coisas próprias de menino.
Porque agora vemos como em espelho, obscuramente,
então veremos face a face; agora conheço em parte,
então conhecerei como sou conhecido.
Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o Amor, estes três:
porém o maior destes é o Amor.

domingo, 30 de janeiro de 2011

O amor espera.

O amor não escolhe, não seleciona, não predestina.
Ele apenas entende que é necessário entre os viventes, humanos ou não, real, etéreo ou platônico.
O amor não possui regras, mas consequências:
Respeito, carinho, erro, perdão, corpos, união, almas, conjunto.
O amor não possui língua própria.
Só a minha, a sua e a dos outros.
O amor não recrimina.
As pessoas sim!
O amor não separa.
As pessoas sim!
O amor espera.
As pessoas não!
O amor não cabe em palavras...

sábado, 29 de janeiro de 2011

Ahh se eu pudesse!!

Se eu pudesse te ter neste momento
Correr e em teus braços me enlaçar,
Sentir pulsar teu coração
E minhas mãos as tuas alcançar.
Se eu pudesse ouvir tua voz
A doce melodia dos lábios teus,
Sentir tua pele a minha tocar
E um beijo ardente, dos teus lábios nos meus.
Se eu pudesse te abraçar fortemente
Abraço forte, calor intenso,
Sentir teu corpo sobre o meu se deitar
E me explodir num sonho imenso.
Se eu pudesse ao teu lado ficar
Me hipnotizar nos teus olhos negros,
Sentir o fogo do amor a me queimar
Como a imensa paixão dos Deuses gregos.
Ah se eu pudesse...
Estaria aí neste instante!

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Lágrimas são...


Lágrimas falam mesmo.
Quando estão escondidas no olhar.
Mas se elas rolam
É a dor que já não dá pra suportar.
Lágrimas que purificam.
Lágrimas que santificam.
E dão força ao coração!

Lágrimas doem pra valer.
Mas sempre há de prevalecer,
Toda à vontade do Senhor
Presente em minha vida!

Os sonhos que não alcanço,
Eu me pergunto: "Por quê Deus não quis?"
Mas sei que ele vê mais longe
E ele sabe o que é bom pra mim.
E se eu chorar a noite inteira
Logo pela manhã o meu Senhor
As minhas lágrimas enxugará...

Lágrimas são fragmentos de história que só Deus pode entender. (Pe. Fábio de Melo)

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

E agora, meu Deus...

“E agora, meu Deus, como seria agora nas noites de chuva e vento — como hoje — quando ela vinha com seus braços cheirosos e seu sorriso bonito afastar o medo e a insônia — como seria, meu Deus?”

Caio Fernando Abreu, em: Limite Branco

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

PREGUIÇA BAIANA SEGUNDO NIZAN GUANAES ...

Não gosto quando se referem à Baianidade com o estereótipo da preguiça. Da falta de sofisticação. Pierre Verger fotografou a Bahia, e os corpos que ele retratou são peitos, troncos e bundas enrijecidas pela história e pela vida dura.

São homens açoitados pela escravidão. A Bahia é graça, prazer, leveza, mas ela é também luta. O Brasil ficou independente com um grito em 1822. A Bahia teve que lutar, morrer e vencer para expulsar de vez os portugueses em 2 de julho de 1823.

Castro Alves, o maior poeta brasileiro, morreu aos 24 anos, deixando uma obra imensa. Ou seja, trabalhou muito para deixar tanto em um tempo tão curto de sua existência.

Todos os anos o povo da Bahia anda 12 quilômetros com potes de água na cabeça para lavar as escadarias de nosso pai, Oxalá.

No Carnaval baiano, enquanto milhões se divertem, milhares trabalham dia e noite cantando, tocando, vendendo, para que o nosso povo e gente de todo o mundo possam se divertir.

Além disso, quem construiu todas aquelas igrejas, aqueles fortes, monumentos? Nós. Quem colocou cada pedra no Pelourinho? Nós. Quem foi açoitado no tronco que deu ao Pelourinho seu nome? Nós.

Quem escreveu músicas, filmes, encenou, pintou, esculpiu parte significativa da produção artística deste país? Ano após ano, década após década? Nós, os baianos.

Joana Angélica, Maria Quitéria são ruas no Rio de Janeiro, mas na Bahia são sofrimento, luta e heroísmo.

A Bahia é luta, mas ela compreende que a vida não é só isso. E não é.

E é por isso que essa tal Baianidade atrai em todas as férias e feriados estressados de todo o mundo.

Na costa da Bahia, o melhor conjunto de resorts do Brasil foi construído para que você possa experimentar o melhor da vida, e a gente trabalha enquanto você descansa.

O reitor Edgard Santos, baiano de boa cepa, fez uma das significativas obras de produção acadêmica e cultural, com contundente dedicação.

Lamento que a Bahia seja tão amada, tão exaltada e tão pouco compreendida.

Todos aqueles coqueiros e boa parte das frutas e especiarias que a Bahia tem não nasceram ali: vieram de outras índias e foram plantados pelas mãos calejadas do povo da Bahia.

Mas o mundo é de percepção. E, lamentavelmente, as novas gerações, por incompetência nossa, herdaram a parte mais vulgar, mais inculta, mais básica e folclórica desta Baianidade.

Cabe a nós, os velhos, passarmos pela tradição oral, que é de fato Baianidade.

E lembrar a quem dança na Bahia que, enquanto ele dança, alguém toca. Que enquanto ele reza, alguém constrói igrejas.

Ou seja, na Bahia o trabalho é voltado para o lazer e encantamento do mundo.

E toda vez que você chegar estressado e branco e sair moreno e feliz, chegar descrente e sair otimista e apaixonado, nosso trabalho, nosso papel no mundo estará sendo cumprido.

Baianidade é enfrentar a dura vida de uma maneira que ela pareça menos dura e mais vida.

E para que exerçamos a plena Baianidade, é preciso que entendamos plenamente do que é que somos orgulhosos.

Sou orgulhoso da Bahia mãe de Menininha, Cleusa, Carmem, Stella, do grande Obarain e de Padre Sadock, Padre Luna e Irmã Dulce.

Sou orgulhoso da Bahia de Ruy Barbosa, Glauber, ACM, Luis Eduardo, Jacques Wagner, Waldir Pires - estilos diversos da mesma paixão baiana que nasceu no 2 de julho.

Sou orgulhoso de Gil, Caetano, Bethânia, Gal, de Jorge, meu amigo amado.

Sou orgulhoso de Caribé, Verger, Lícia Fábio, que não nasceram na Bahia, mas a Bahia nasceu deles.

Sou, enfim, orgulhoso dos filhos da Bahia. E por isso sou tão orgulhoso do Brasil.

O Brasil é o maior filho da Bahia. Ele nasceu lá no dia 22 de Abril de 1500 e é por isso que os brasileiros ficam tão felizes quando vão à Bahia. Porque eles estão, na realidade, visitando os parentes, revendo suas raízes.
Baianidade é enfim o DNA do Brasil, é o genoma do país.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Penso sempre...

que um dia a gente vai se encontrar de novo, e que então tudo vai ser mais claro, que não vai mais haver medo nem coisas falsas. há uma porção de coisas minhas que você não sabe, e que precisaria saber para compreender todas as vezes que fugi de você e voltei e tornei a fugir. são coisas difíceis de serem contadas, mais difíceis talvez de serem compreendidas - se um dia a gente se encontrar de novo, em amor, eu direi delas, caso contrário não será preciso.

(Caio F. Abreu)

terça-feira, 11 de janeiro de 2011


Sempre tem um pôr-do-sol esperando para ser visto!!

[Caio Fernando Abreu]

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Sabe qual é o meu problema?!

É acreditar sempre nas pessoas, é não saber dizer não quando é preciso. É sempre perdoar as pessoas que me machucam. É sorrir quando estou triste por dentro, é chorar por pessoas que não merecem e amar quem não merecia ser amado. É sempre dar uma segunda chance, para alguém que não merecia nem a primeira. É tentar ser a melhor pessoa do mundo, é tentar ajudar a todos ao mesmo tempo, e esquecer de mim mesmo. Meu problema está nas menores coisas possíveis, mas que sempre me machucam muito, e parece que eu nunca aprendo.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

O verão está ai.


Tenho em mim, a idéia de que: quanto mais quente for o mês, mais frias as pessoas se tornam. Não sei se é pelo asco dos braços suados – os quais as envolvem – que os abraços vão aos poucos sendo substituídos por um simples O-L-Á. Bem de longe. Como comida de gente hipertensa: sem graça, sem sal, sem sabor. Obviamente, deveria ser ao contrário. Calor. Que te esquente além do corpo, além da carne. Aqueça tua alma, tua vida, tuas esperas. Faça-te sentir sede: de ar, mar, amar. Que diferente dos meses gélidos, tu possa sair do mundo Ortobom e, perceba que a vida é bem mais que a tríade dos ociosos: cama, coberta e preguiça. No entanto, ter o tempo favorável a isso e pessoas indispostas, é como colocar sorvete no micro-ondas.

Um apelo para o verão:Em 2011, além das calçadas, aqueça alguns corações.